quarta-feira, 22 de maio de 2019

Professora da Escola Poeta Carlos Drummond de Andrade é destaque em projeto da Fundação Cultural do Estado da Bahia

#GrafiasEletrônicas - Questões de gêneros marcam presença na segunda edição do projeto fruto da parceria entre Funceb e Irdeb

Cores de roupas e comportamentos pré-estabelecidos para meninos e meninas, cada vez mais têm gerado discussões que repensam a diversidade de masculinidades e feminilidades possíveis. Estrategicamente, a poesia tem sido um instrumento útil para sensibilizar o olhar para estas inquietações. Com respeito às identidades, a parceria do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia e Fundação Cultural do Estado da Bahia, traz na segunda edição do Grafias Eletrônicas autores preocupados com os aspectos dos gêneros. 
Erika Ribeiro é professora da Escola Poeta Carlos Drummond de Andrade em Petrolina e realizou projetos como “[DI]Versos” e a “Cia Árvores que dá versos”, que buscava o respeito à diversidade e identidades plurais. Além disso, é coordenadora do Coletivo “Vozes-Mulheres: além das margens” e pesquisadora da Poética de mulheres do Vale do São Francisco. “Minha existência está alicerçada na defesa da palavra e dos corpos livres, no ser em cada letra posta, de cada verso dito e sentido. Eu sou porque a escrita é em mim”, ressalta. 
A professora reside em Juazeiro e conta que a cidade ainda carece de ações que legitimem a cena literária, no entanto, ela acredita que o Grafias é um importante instrumento nesta perspectiva. “É um espaço de fomento e valorização da produção literária da Bahia, principalmente por reunir produções dos vários territórios baianos, em diversos estilos”, afirma. Erika ainda pensa na poesia como uma estratégia para sensibilizar. “A poesia se faz, principalmente, nesse toque da sensibilidade do outro”, diz. 
Com a escrita voltada para a feminilidade, Inadequo-me confronta a imposição de padrões de comportamento às mulheres por meio da linguagem poética. “Não só nesse poema, mas em toda a minha produção, a minha pretensão é instigar, provocar o sentir do leitor, aguçar a sensibilidade para questões existenciais e sociais importantes, a exemplo do respeito às mulheres”, revela.

(Fonte: Fundação Cultural do Estado da Bahia)




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